segunda-feira, 7 de abril de 2014

Despedidas

Despedidas nunca são boas. Sempre é ruim ter que se despedir, ter que dizer "tchau". Mas infelizmente sempre chega uma hora em que temos que nos despedir, seja o que for, se nós tivermos que nos despedir de algum objeto que para você tem muita importância, mas você tem que jogar ele fora, ou se você muda de escola, você tem que dar tchau para todos seus amigos, que agora, você passará a ver com pouca frequência, ou se você vai mudar de casa, cidade, ou até mesmo país, você tem que se despedir. Eu, por exemplo, mudei de escola. Foi muito ruim ter que fazer isso, pois estudava lá a mais de 9 anos, ou seja, quase minha vida inteira. Tinha muitos amigos lá, e muitos, nossa amizade era desde pequenos. É claro, que mudar de escola é sempre bom, pois você faz novas amizades, conhece outras coisas, etc. Isso é bom. Mas você também tem que deixar várias coisas, que praticamente já faziam parte da sua vida. Antes, eu não queria mudar de jeito nenhum de escola, mas se me perguntassem agora se eu voltaria para lá, eu diria que não. Outro momento, que eu acho que vai ser muito ruim, é quando tivermos que sair da escola. Tudo passará a ser diferente, quase todos irão se separar, você com certeza irá perder o contato de várias pessoas, e eu imagino que isso seja horrível. Por mais que seja "finalmente sem escola!", deve ser muito difícil, pois a partir daí sua vida muda totalmente. Enfim, por mais que muitas pessoas não gostam de despedidas, infelizmente, sempre chega uma hora da sua vida em que você tem que dizer "tchau".

O orelhão

E lá estava eu, sentada no banco da praça, apenas observando as pessoas passarem. Vi que do outro lado da rua havia um orelhão. Uma mulher estava usando-o, e eu fiquei a observando. Ela parecia estar gritando com alguém, que estava do outro lado da linha, parecia realmente muito brava. Fiquei pensando, se estava brigando com o namorado, ou talvez com seu filho, por não ter feito algo que ela pediu. Ou ela só estava irritada, e descontando a raiva em alguém. Finalmente desligou, e pareceu que estava chorando. Achei que ela realmente tivesse brigado com o namorado, mas não consigo ter certeza de nada, pois não estava ao seu lado para ouvir algo. Me lembro que tenho que fazer uma ligação para a minha mãe. Me levanto, atravesso a rua indo em direção ao orelhão. De lá, vejo que um homem senta no mesmo lugar onde eu estava a poucos minutos atrás. Disco o número e vejo que ele está me observando. Agora é a vez dele de pensar e tirar suas conclusões sobre o que eu estaria falando...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Finalmente, quando o sinal toca, me dirijo a porta da saída da escola e entro na perua. Estava cansada pois o dia havia sido muito puxado, mas ao mesmo tempo foi legal. Encosto a minha cabeça na janela e fico ali pensando na minha escola antiga, nos meus amigos, até a perua começar a andar. Procuro algo de interessante na rua, para fazer uma crônica. A perua já parou três vezes, para deixar três pessoas e nada que eu observo me chama a atenção, algo que eu possa considerar interessante, nada. Mais e mais pessoas descem e eu ainda estava ali, apenas observando. Chega minha vez de descer. Acabo de chegar na portaria de meu prédio e ainda não tinha assunto algum para fazer uma crônica. Mas então vejo algo que me chama a atenção. Logo bem no começo da calçada surge um senhor de idade. Devia ter bem uns sessenta, setenta anos... Lá estava ele, todo empolgado, correndo com seus dois cachorros. Eles eram bem grandes, e com grandes pelos. Eram muito bonitos. O senhor corria com tanta vontade... Ouvia música em seus fones de ouvido, e na sua mão direita segurava as coleiras de seus dois cachorros. Ele parecia cantar uma música, que certamente seria a que estava ouvindo. Aposto que muitos idosos já nesta idade são incapazes de fazer muitas coisas, mas esse não! Quem dera viver assim para sempre, nessa alegria, energia, vontade e empolgação. O senhor passa por mim, da um sorriso e fala "boa tarde". Retribuo o sorriso e digo o mesmo a ele. Ele continua correndo. O observo até o fim da rua. Quando ele está quase virando a esquina, vira para mim para ver se eu ainda estava lá. Quando me vê, da um aceno, e então não consigo mais vê-lo. Ele se foi.