quinta-feira, 13 de março de 2014

Finalmente, quando o sinal toca, me dirijo a porta da saída da escola e entro na perua. Estava cansada pois o dia havia sido muito puxado, mas ao mesmo tempo foi legal. Encosto a minha cabeça na janela e fico ali pensando na minha escola antiga, nos meus amigos, até a perua começar a andar. Procuro algo de interessante na rua, para fazer uma crônica. A perua já parou três vezes, para deixar três pessoas e nada que eu observo me chama a atenção, algo que eu possa considerar interessante, nada. Mais e mais pessoas descem e eu ainda estava ali, apenas observando. Chega minha vez de descer. Acabo de chegar na portaria de meu prédio e ainda não tinha assunto algum para fazer uma crônica. Mas então vejo algo que me chama a atenção. Logo bem no começo da calçada surge um senhor de idade. Devia ter bem uns sessenta, setenta anos... Lá estava ele, todo empolgado, correndo com seus dois cachorros. Eles eram bem grandes, e com grandes pelos. Eram muito bonitos. O senhor corria com tanta vontade... Ouvia música em seus fones de ouvido, e na sua mão direita segurava as coleiras de seus dois cachorros. Ele parecia cantar uma música, que certamente seria a que estava ouvindo. Aposto que muitos idosos já nesta idade são incapazes de fazer muitas coisas, mas esse não! Quem dera viver assim para sempre, nessa alegria, energia, vontade e empolgação. O senhor passa por mim, da um sorriso e fala "boa tarde". Retribuo o sorriso e digo o mesmo a ele. Ele continua correndo. O observo até o fim da rua. Quando ele está quase virando a esquina, vira para mim para ver se eu ainda estava lá. Quando me vê, da um aceno, e então não consigo mais vê-lo. Ele se foi.

2 comentários:

  1. Clara!
    Muito bem! Fazer crônicas é isso aí, basta abrirmos os olhos que os assuntos vem, são quase jogados em cima da gente e só nos resta escrever sobre eles.
    Fiquei pensando que você deveria estender a parte inicial do seu texto, sobre como você está ao final de um dia de aula. Como você está ao final de um dia de aula? cansada? com fome? feliz? triste? pensando no quê? com saudades da outra escola? curiosa? isso também pode te ajudar a pensar um fechamento para essa crônica, que volte ao seu estado inicial ao entrar no ônibus e te faça repensar alguma coisa, ou se animar, ou ganhar energia, ou sei lá.
    não sei se deu para entender!
    mas bom trabalho!
    abraço,
    Luana

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  2. Clara,
    está faltando pelo menos uma crônica no seu blog...

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